data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Garbriel Haesbaert (Diário)
O refrigerante que está no imaginário dos santa-marienses há mais de 100 anos, enfim, voltou a ser produzido nas cidade. Com o tom alaranjado claro e quase transparente, a tradicional Cyrillinha, feita à base do óleo da casca da laranja, teve as suas primeiras garrafas envazadas na tarde de quinta-feira, na sede da empresa, no Bairro Perpétuo Socorro. Ela estará à venda somente em garrafas de vidro não retornável de 275 mililitros (ml). A expectativa é que as vendas iniciem em abril.
Dentro da fábrica, antigos e novos funcionários observam atentos à produção da bebida que, por enquanto, está sendo feita em uma máquina semiautomática. Contudo, nos próximos meses, será instalado um equipamento totalmente automático e a produção será de mil garrafas por hora.
A direção assegura que o sabor é idêntico ao da Cyrillinha que era fabricada antes do fechamento da fábrica, em 2008. Entretanto, ao contrário do que era feito anteriormente, quando o óleo da casca da laranja era extraído na própria empresa, agora ele é comprado diretamente de indústrias de todo o país. Em um primeiro momento, o material está vindo de São Paulo em função do menor custo.
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- Não existe diferença alguma (em relação ao refrigerante antigo). A única coisa é em relação à tecnologia. Como nós envazamos as garrafas, isso mudou significativamente. A gente não tinha máquinas com tantos sensores e tão automatizadas como temos. Sem dúvida alguma, é o mesmo produto - garante Jorge Fantinel, consultor da empresa e que já havia trabalhado na Cyrilla nos anos 1980.
AJUSTES FINAIS
A produção, que na terça-feira era a todo o momento interrompida para ajustes finais nas máquinas, era vigiada de perto pelos funcionários. A garrafa de vidro transparente, que é cuidadosamente higienizada antes de entrar na esteira, sai dela com o refrigerante a 4°C.
- Ele precisa ser envazado gelado para o CO² (gás carbônico) aderir à bebida. Então, ele tem que estar com uma temperatura bem baixa - explica o analista de produção Gustavo Ferrão.
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No início das vendas, estará disponível aos consumidores, além da Cyrillinha da casca da laranja, a Cyrilla à base de suco, Guaraná, Gasosa Limão e Tônica. Todos terão a versão normal e sem açúcar, em garrafas de 250 ml, 500 ml e 2 litros. A exceção fica por conta da Cyrillinha, que será vendida em garrafa de vidro.